quinta-feira, 5 de maio de 2016

Não tenho pretensão nenhuma ao escrever esse texto. Escrevo pra mim mesma e pra Deus, os unicos que terão acesso as palavras ditas aqui, palavras pra que eu me conheça mais, pra que essa pessoa presa dentro de mim possa ter alguma voz. As vezes é isso que sinto, que tem alguma outra versão de mim mesma, encurralada, escondida, muda. Essa Carol não suporta sua própria vida, está cansada da mesmice: casa-trabalho-igreja. Está cansada da vida de certinha, exemplo, boa esposa. Ela tem vontade de mudar, de largar tudo, conhecer gente, conhecer lugares, encher a cara, ser "normal". Não sei quem ela é, não sei quem eu sou, as vezes também não sei no que acredito. A verdade, Deus, é que eu senti coisas. Coisas que eu associava a sua presença, ao seu amor. No amor eu não dúvido, eu vivo e vejo isso em minha vida, mas as lagrimas, o choro, as linguas, isso é real? Quantas vezes me peguei pensando que tudo isso não passa de uma histeria, uma doença, um problema psicologico. Apenas mais um problema, pra mim que sei que tem algo meio errado na cabeça... Eu sinto que preciso entender, mas tenho medo de me aprofundar em sua palavra e duvidar ainda mais, tenho medo de encarar o Deus ruim que vejo nos livros históricos, o Deus que só amou alguns, só escolheu alguns. Não gosto disso... Eu sei que o senhor existe, me faça ver quem o senhor é, o que eu devo acreditar, como devo viver. Sei que não é da forma que essa criatura estranha dentro de mim grita pra fazer. Sei também que se eu me afastar estarei acabada. Vou me entregar a tudo que sei que é errado, mas que morro de vontade de fazer.

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